Um crime que assustou os santa-marienses em 2013 teve o seu desfecho nesta quarta-feira no Fórum de Santa Maria. Micael Roan Leite Martins, 24 anos, acertou um tiro no olho esquerdo de Elias Renato Couto Veiga, então com 25 anos, em pleno Calçadão, em outubro daquele ano.
Martins foi condenado a 3 anos e 11 meses em regime aberto por tentativa de homicídio. Ele estava preso desde o crime e poderá recorrer em liberdade. A denúncia do Ministério Público era por tentativa de homicídio qualificado, tendo como qualificador o motivo fútil, pelo réu ter disparado contra a vítima por mera inimizade. O réu foi absolvido da qualificadora por ter agido por violenta emoção no momento do fato.
O crime ocorreu no dia 14 de outubro de 2013, por volta das 18h30min, no calçadão de Santa Maria. Testemunhas disseram ao longo do processo que Veiga estava perturbando comerciantes e quem passava pelo local. Porém, nenhuma discussão anterior entre os dois teria acontecido. Martins alegou que atirou contra Veiga, pois sofria ameaças dele e imaginou que ele estivesse armado na ocasião. Os dois tinham uma rixa antiga e, por esse motivo, Martins andava armado.
Após efetuar o disparo com um garrucha calibre 22 transformada em calibre 32, o réu tentou fugir, mas acabou preso. A vítima foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao Hospital Universitário de Santa Maria. Veiga, que acabou morrendo cinco meses depois em decorrência de outro crime, perdeu a visão do olho atingido. Ele foi morto a facadas no dia 15 de março de 2014, na Rua Dr. Bozano, esquina com a Rua Barão do Triunfo, próximo à Praça dos Bombeiros.
Martins, que deverá se apresentar a cada três meses na 1ª Vara Criminal de Santa Maria (regime aberto), era estudante de Direito da UFSM. Ele também responde por homicídio triplamente qualificado e extorsão, cometidos em 2010. Ele matou a facadas João Batista Stribe da Silva, com 43 anos à época, porque o filho da vítima teria tido um relacionamento com a namorada de Martins. O júri popular foi conduzido pelo juiz Ulysses Fonseca Louzada.